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Vinhos Húngaros
Vinhos húngaros: um breve resumo
Árpád Koszka
Vinhos húngaros: um breve resumo
A Hungria tem hoje 22 regiões vinícolas oficiais.
Sua latitude, altitude e clima permitem supor excelência na produção de vinhos brancos. Este é o caso ainda hoje, mas graças às mudanças ocorridas na estrutura da indústria vitivinícola húngara desde a queda da Cortina de Ferro, os vinhos tintos também vêm se desenvolvendo e atingindo padrões de qualidade internacional. O modelo comunista previa a «terceirização» do cultivo da uva para os pequenos produtores da iniciativa privada e a centralização da produção dos vinhos em nove grandes unidades espalhadas pelo país. Este modelo não permitia (nem fazia parte da estratégia governamental) fomentar a adoção das modernas técnicas integradas de viticultura e vinificação, em que a qualidade do vinho principia já no correto casamento entre uva e solo, insolação e rega, além de outras variáveis indispensáveis para produzir vinhos tintos de qualidade superior.
Além da revisão daquele modelo (que vem ocorrendo desde os anos 90), a entrada da Hungria no MCE será certamente um fator suplementar para o desenvolvimento da indústria húngara de vinhos.
Regiões Vitivinícolas da Hungria
Eis as 22 regiões vitivinícolas húngaras atualmente catalogadas:
1. Csongrád
2. Hajós-Baja
3. Kunság
4. Ászár-Neszmély
5. Badacsony
6. Balatonfüred-Csopak
7. Balatonfelvidék
8. Etyek-Buda
9. Mór
10. Pannonhalma
11. Somló
12. Sopron
13. Balatonboglár
14. Pécs
15. Szekszárd
16. Villány
17. Bükkalja
18. Eger
19. Mátra
20. Tokaj
21. Balatonmelléke
22. Tolna
Variedades cultivadas na Hungria: algumas uvas utilizadas na Hungria para a produção de vinhos.
Sem entrar no mérito e nas características de cada variedade, segue o nome de algumas das uvas mais comumente utilizadas:
Brancos
Furmint
Leányka
Szürkebarát
Kéknyelű
Muskotályos
Ezerjó
Hárslevelű
Tintos
Kadarka
Kékoportó
Kékfrankos
Etiquetagem oficial
A legislação na Hungria é bastante estrita e a nomeação dos vinhos é bastante simples: em primeiro lugar vem o nome da região e em seguida o nome da uva que dá origem ao vinho. Ex: Vilányi kékoportó.
Ademais, as etiquetas dos vinhos húngaros devem mencionar obrigatoriamente:
– graduação alcoólica
– conteúdo em centilitros (100 cl = 1 litro)
Não é obrigatório mencionar a safra e tampouco existe ainda uma classificação equivalente das denominações de origem.
Por outro lado, deve existir a menção Asztali bor (vinho de mesa), Minöségi bor (vinho de qualidade) ou Különleges minöségi bor (vinho de qualidade superior). Esta última ainda pode ser sub-dividida em quatro categorias.
Uma palavra sobre o Tokaj
Admirado por papas, reis e czares. Luis XIV criou para esse vinho a expressão “Vinum regum, rex vinorum”, ou seja: o vinho dos reis, o rei dos vinhos.
Obtido basicamente a partir das uvas Furmint e Hárslevelű, adquire sua coloração e sabor a partir da mistura com mosto obtido de uvas que se tornaram passas naturalmente, em um processo bastante complicado que foi desenvolvido através dos séculos. É o vinho húngaro mais famoso, embora seja um vinho de sobremesa ou de aperitivo, e não um vinho para acompanhar refeições.